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sobre o livro
Primeiro vencedor do Novel Prize, prêmio literário coorganizado pelas prestigiosas editoras New Directions, Fitzcarraldo e Giramondo, Frio o bastante para nevar se passa nos poucos dias de uma viagem pelo Japão realizada por uma jovem australiana e sua mãe, nascida em Hong Kong. Debruçando-se sobre relações familiares complexas e a impossibilidade de se conhecer verdadeiramente o outro, a narrativa acompanha os episódios da viagem, mas também passeia por memórias da filha, que, como uma Sherazade da vida interior, sobrepõe lembranças e pensamentos ao sabor de seu fluxo de consciência.
Enquanto as duas visitam museus, cafés e livrarias, ela rememora episódios da história materna, passagens da infância de ambas e dos seus anos como estudante de literatura inglesa, quando se abriram para ela horizontes que a vida de imigrante negou à sua mãe. Como de costume, essas conquistas vêm acompanhadas de perdas, e a distância que se instala entre as duas ao longo dos anos é prova disso.
Na expectativa de estreitar o diálogo com a mãe, ela planeja uma viagem a um país estrangeiro às duas. “Pensei também que a primeira língua da minha mãe era o cantonês, e a minha, o inglês, e como só falávamos juntas em uma, e não na outra”, reflete a narradora conforme se dá conta da profundidade do mistério materno. Por trás da profusão de detalhes com os quais a filha preenche este relato — melancólico como o Japão chuvoso que elas visitam —, revela-se a brutalidade da relação entre mãe e filha. Pois, se à primeira vista este é um romance de pouca voltagem, a turbulência por baixo da sua superfície logo se torna palpável e incisiva. Durante os passeios, vemos como as questões de poder são negociadas, como a proximidade, que parece uma opção, nunca se materializa, como o passado e o presente, o eu e o outro, a arte e a vida são coisas que transitam num contínuo.
Espécie de meditação literária em que os pensamentos da narradora são mais centrais do que os fatos, Frio o bastante para nevar é uma elegia à busca pelo diálogo e uma poderosa reflexão sobre o papel da arte na expressão do que não pode ser traduzido em palavras.
Destaques
“Poucas vezes me emocionei tanto lendo um livro. Adoro a beleza silenciosa de Frio o bastante para nevar e como, dentro desta simplicidade calma, Jessica Au esconde um poder incrível.” — Édouard Louis
“As histórias, as memórias e imagens que Au coloca sobre a mesa escapam às conclusões fáceis — como as linhas das pinturas que a narradora tanto admira.”
— The Guardian
“Este romance talvez seja mais magistral na maneira como evoca nossa dissociação do desejo — nossa e de outras pessoas… Sentimos isso no calor suave e paciente da prosa de Jessica Au, que às vezes parece sintonizada com verdades fora do alcance do narrador.” — The New Yorker
“O romance curto e espectral de Jessica Au […] usa habilmente o fluxo de consciência para explorar os traços familiares herdados e a dificuldade de se separar deles.” — The New York Times