- Item adicionado ao carrinho
- Ver carrinho
- Continuar comprando
![](https://fosforo.mandelbrot.com.br/wp-content/uploads/2023/04/capa_branquitude_SITE-BAIXA.jpg)
sobre o livro
Território do silêncio, da negação, de uma suposta neutralidade, do medo e do privilégio, a branquitude é, ao mesmo tempo, o lado menos explícito do racismo e o principal fator responsável por sua legitimação, manutenção e afirmação. Compreender e enfrentar os efeitos econômicos, culturais, sociais, jurídicos e da produção de subjetividades a partir de um olhar crítico sobre a branquitude é o intuito deste livro.
As conversas aqui presentes são resultado do encontro de alguns dos principais pesquisadores, estudiosos e expoentes do pensamento sobre o tema, e foram promovidas pelo Instituto Ibirapitanga, em 2020, no seminário "Branquitude: racismo e antirracismo", em cocuradoria com Lia Vainer Schucman. São debates voltados ao aprofundamento das noções em torno da branquitude como ideologia que organiza hierarquicamente as pessoas a partir da raça, atribuindo às pessoas negras um lugar subalternizado na estrutura social.
Mais atuais e urgentes do que nunca, as conversas têm como ponto de partida a noção de racismo estrutural, ou seja, a ideia de que uma sociedade racista produz estruturas e instituições racistas, que normalizam o racismo e amplificam desigualdades raciais. No entanto, como essas instituições são construídas por pessoas e processos sociais, a responsabilidade de desarticular as estruturas de reprodução do racismo recai também sobre as pessoas. E, particularmente, sobre as pessoas brancas.
Os diálogos rompem, portanto, com a perversidade da premissa de que o racismo é um problema exclusivo das pessoas negras e oferecem leituras e caminhos de responsabilização para toda a sociedade. A busca está em contribuir para que os brancos reconheçam seu papel na manutenção das estruturas de reprodução das desigualdades raciais a partir de análise psicossocial da racialidade.
Combinando conceitos importantes para compreender esse sistema de valores e privilégios que constitui a branquitude com propostas concretas para combater as desigualdades de raça, esses diálogos ensinam e instigam a reflexão na esperança de contribuir para a urgente superação do racismo no Brasil.
Destaques
“E quais são hoje os novos desafios para pensar o papel e o engajamento dos brancos na luta antirracista? Longe de esgotar essa questão, entendemos que é fundamental assumir uma postura ética e responsável orientada à ação de questionamento do privilégio branco e enfrentamento do racismo estrutural. Muito além da reflexão, este livro é um recurso para alimentar a construção de ações profundamente comprometidas com esse imperativo urgente.” – trecho da Introdução
“Lutar contra o racismo deve ser um princípio ético de qualquer cidadão brasileiro e de todas as instituições que tenham para si o desejo de um Brasil verdadeiramente democrático, uma vez que a ideologia racista tem em seu âmago a negação do princípio sobre o qual se pode sonhar com a construção de um país digno para todos que nele habitam: igualdade e solidariedade garantidas pela ideia de humanidade.” — Lia Vainer Schucman, em posfácio à edição