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![](https://fosforo.mandelbrot.com.br/wp-content/uploads/2023/05/capa_a-marcacao_SITE-BAIXA.jpg)
sobre o livro
Nesta ficção especulativa, a cidade de Reykjavik, capital da Islândia, está dividida por um muro de acrílico. De um lado, aqueles que se submeteram ao teste de marcação; de outro, os que ainda lutam contra o que consideram um mecanismo de polarização e preconceito. Trata-se de uma avaliação de empatia criada para prever comportamentos antissociais que define quanto cada pessoa é suscetível a se engajar nas emoções alheias. Às vésperas de um plebiscito que decidirá se esse teste de marcação deve se tornar compulsório, a tensão é crescente e os impactos, imprevisíveis.
Políticos, professores e cidadãos de todas as idades apresentam motivos, cálculos e consequências da implementação do projeto em suas vidas e relações. Amigas de longa data, Tea e Laíla trocam cartas se alfinetando a esse respeito. Ólafur Tandri é um psicólogo influente que sempre desejou fazer do mundo um lugar mais justo. Na escola de um bairro marcado, a professora Vetur enfrenta frequentes crises de ansiedade, mesmo tendo a seu favor uma medida protetiva determinada pela polícia. Tristan, um rapaz na casa dos vinte anos que faz uso abusivo de substâncias entorpecentes, corre contra o tempo para se livrar do teste e acaba envolvido com o movimento LUTA, liderado por Magnús Geirsson, ativista antimarcação.
Nesse cenário, a assistente virtual Zoé envia hologramas, lê notícias e mensagens, faz ligações e mede os batimentos cardíacos dos personagens em apuros. Outros dispositivos tecnológicos, como máscaras holográficas e capacetes que projetam vídeos, também dão a essa distopia um ar de proximidade, e à proximidade, o gosto amargo da insegurança do presente.
Nome de destaque da nova geração de escritores islandeses, Fríða Ísberg constrói uma prosa espirituosa, divertida e irônica na qual se enxergam problemas contemporâneos como a soberania do politicamente correto, a especulação imobiliária desenfreada, as taxas crescentes de evasão escolar, o uso excessivo de medicamentos e a falta de vínculos afetivos. E questiona: a tecnologia de fato nos leva a um mundo mais justo?
Destaques
“Frída não só trata de questões existenciais sobre poder e moralidade com intuição e sabedoria, como enfrenta a linguagem e o estilo com um enorme vigor cativante. Cada personagem tem sua própria experiência de vida, que se apresenta com postura calculada e elaborada por meio da linguagem e escolha vocabular […]. Fazia tempo que eu não lia algo tão excepcional. Uma ficção fenomenal e poderosa.” – Skald
“Com seu romance de estreia premiado, A marcação […], Frída Ísberg escreveu uma tese distópica que ilumina o lado sombrio de nosso desejo onipresente por empatia. […] Além disso, por ser uma alegoria da vigilância estatal e digital no contexto da pandemia, A marcação também oferece uma crítica específica do elogio empático à empatia na era da psicologia” – WELT plus
“A marcação é um livro polifônico e provocante que se passa em Reykjavik. A Islândia está passando por um plebiscito em que um teste de empatia pode se tornar compulsório. Cada morador é testado quanto ao seu nível de empatia ou amoralidade. Quatro personagens são brutalmente confrontados com os limites de sua liberdade. Uma parábola honestamente explosiva acerca do populismo, cidadania e preconceito” – De Morgen