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![](https://fosforo.mandelbrot.com.br/wp-content/uploads/2022/02/Capa-janeiro-CP-SITE-1-1024x1024.jpg)
sobre o livro
Publicado originalmente em 1939, Dia garimpo, de Julieta Barbara, é um dos poucos livros da fatura modernista de autoria feminina e ficou esquecido por mais de oitenta anos. Esta nova edição da obra realiza um resgate de uma autora brasileira do século XX que pode nos ajudar a ler questões dos dias atuais.
Sensível a alguns princípios modernistas, como a pesquisa de motivos, mitos e referências da cultura brasileira, o livro parece depurar a pesquisa estética de seu tempo, trabalhando com uma linguagem coloquial, com registros orais, evocando personagens e manifestações religiosas variadas e acenando para outras artes, como a música, a dança e as artes visuais.
Além de reproduzir o material que constava na primeira publicação – ilustrações da própria Julieta Barbara, uma carta-prefácio do poeta Raul Bopp e um retrato da autora por Flávio de Carvalho –, esta nova edição traz onze poemas inéditos de Julieta, um posfácio de Mariano Marovatto e texto de orelha de Veronica Stigger. www.circulodepoemas.com.br
POEMA
VARIAÇÃO SOBRE O “PAI DO MATO”
No intervalo
Fomos festejar o bailarino
Que estava suando
Sem emoção
Disse que não estava nos seus bons dias
E queixou-se da casa vazia
Ah! — a casa estava vazia
Que diferença de atitude
Quando o teatro estava cheio
No intervalo
Fomos festejar o bailarino
Ele ficou emocionado
Disse que tinha a alma carregada de ritmos
Ah! sua alma estava carregada de ritmos.