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sobre o livro
Em novembro de 2022, contam-se 50 anos da morte de Torquato Neto. Para homenagear o grande tropicalista, o Círculo de poemas lança O fato e a coisa, único livro organizado em vida pelo poeta.Nele, podemos ver o multiartista em seu rico período formativo, escrevendo desde sua Teresina natal ou circulando por Salvador e Rio de Janeiro, lendo Drummond, entusiasmando-se por Luís Carlos Prestes e encontrando os amigos da futura jornada tropicalista: “viva caetano e bethânia / (...) viva que eu os conheço / e eu os amo de longe ou perto”.
Como outras coletâneas de textos do autor, O fato e a coisa foi publicado postumamente. Esta edição traz na íntegra o livro, além de uma seleção de outros poemas de juventude, com um novo estabelecimento do texto, feito a partir de pesquisa no Acervo Torquato Neto, no Piauí, por Thiago E, que assina também o posfácio do livro. A orelha é de Reinaldo Moraes.
“Tenho rins e eles me dizem que estou vivo”, escreve Torquato num de seus versos. Passado todo esse tempo, sua obra segue viva e se espalha cada vez mais entre nós, fazendo a cabeça e o coração de gerações.
Trecho
Poema do aviso final
É preciso que haja alguma coisa
alimentando o meu povo:
uma vontade
uma certeza
uma qualquer esperança.
É preciso que alguma coisa atraia
a vida ou a morte:
ou tudo será posto de lado
e na procura da vida
a morte virá na frente
e abrirá caminhos.
É preciso que haja algum respeito,
ao menos um esboço:
ou a dignidade humana se afirmará
a machadadas.