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sobre o livro
Originalmente publicados na imprensa maranhense no final do século 19 e início do 20, os textos de Raul Astolfo Marques são uma saborosa crônica literária de seu tempo, além de fonte histórica preciosa das dinâmicas sociais do pós-Abolição. Pela primeira vez reunidos em livro, esses textos apresentam ao público contemporâneo alguns dos principais temas abordados pelo autor, como a Abolição da escravidão, a proclamação da República e os costumes, hábitos e festejos da cultura popular brasileira.
Organizada pelo professor da Unicamp e pesquisador do Cebrap Matheus Gato, a antologia do escritor maranhense oferece a oportunidade rara de cotejar o significado de importantes transformações da sociedade brasileira do ponto de vista de um intelectual negro situado na periferia do Brasil moderno. O livro conta com ensaio de apresentação de Matheus Gato e prefácio do escritor Paulo Lins, autor do consagrado romance Cidade de Deus.
trechos
“A literatura de Astolfo Marques deve figurar como um clássico.” – Paulo Lins (prefácio)
“O silêncio que cerca Astolfo Marques não é apenas o da posteridade, ou tão somente o do homem concentrado que trabalha, mas também o da pessoa discreta que evita conflitos e tenta não fazer alardes.” – Matheus Gato (apresentação)
“Não me esquecerei nunca dum chefe de polícia que aqui houve, muito abolicionista. Quando ia algum senhor pedir a captura do escravo fugido, ele sempre se saía com esta: “Como se chama o seu escravizado? Quais os principais sinais do seu escravizado?”, e assim por diante, frisando sempre a palavra escravizado, de modo que, assim procedendo, dava a entender ao burguês que se ele mandava catrafilar o foragido, era por um dever de lei, e não de sua consciência.” – “O Treze de Maio (recordações)”